quarta-feira, 1 de abril de 2009

Noite crua a um 1º de abril

Cheguei a imaginar que pudesse dormir. Deitei sentindo o corpo ausente, frio e sozinho. Pensava nas palavras ouvidas. Palavras lidas. Fechava os olhos mas o medo aumentava e assim abria-os rapidamente na tentativa rápida de fuga. Olhos próximos à parede branca, o delírio vinha como o vento. Tentando descobrir um “porquê”. Não sentia fome, nem vontade de sair dalí. O sono vinha mas lutava contra ele com indiferença. Queria manter-me acordado e descobrir do lençol a minha tristeza. Olhei o relógio... 2: 48hs. Nesse momento as pessoas dormem, bebem, vão ao banheiro, cantam, riem, voltam para casa, beijam e fazem mais. Estão juntas. Ou sozinhas. A angústia do amanhã continuava a tirar meu sono. Dia de sol ou de chuva. Provavelmente não seria interessante como havia planejado, sonhado, almejado. O diferente torna-se comum. A alegria transforma-se em um rosto sério novamente. A pulsação acelerada morna, adormece. E eu já não sei o que estamos vivendo.
01/04/2009.

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